Laboratórios

O Laboratório de Estudos de Poéticas e Ética na Modernidade (LEPEM) é instância vinculada ao Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCHUSP), cujo intuito é reunir professores e pesquisadores das áreas das Letras e das Artes, em suas diversas modalidades, da História, da Filosofia, da Hermenêutica, da Literatura e disciplinas afins (como "Ensino de Literatura e Formação de Leitores"), que atuam no DLCV, noutros departamentos da FFLCH, bem como noutras universidades brasileiras, onde se desenvolvam pesquisas, projetos e trabalhos de caráter acadêmico nesses campos de investigação. A expressão Poéticas refere-se às sensibilidades da produção e da recepção literária, bem como suas relações com as demais manifestações artísticas, ao passo que Ética alude aos estudos interdisciplinares com a Filosofia, mais especificamente com o campo da Ética, que dizem respeito ao exame da constituição da subjetividade e da alteridade tal como se manifestam nas obras literárias da modernidade.


OBJETIVOS DO LEPEM: 

1. Contribuir para o desenvolvimento, aprofundamento e a divulgação do conhecimento nas áreas da Ética, das Estéticas e das Poéticas, tanto na dimensão teórica quanto na prática; 

2. Congregar professores, pesquisadores, estudantes de graduação, pós-graduação e pós-doutorado para a realização de projetos de pesquisas, cursos extracurriculares, cursos de aperfeiçoamento, simpósios, colóquios e congressos de caráter nacional e internacional; 

3. Acolher projetos de pesquisa de graduandos e pós-graduandos, aprovados em seleção prévia, a serem desenvolvidos no LEPEM; 

4. Promover intercâmbios e/ou convênios com outras instituições e grupos de interesses afins, em âmbito nacional e/ou internacional; 

5. Divulgar seus resultados num periódico próprio, a Revista POÉTICA (em construção); 

6. Traduzir para o português obras de interesse aos projetos de seus pesquisadores; 

7. Programar seminários acadêmicos relativos aos temas do Laboratório, onde possam interagir alunos de graduação e de pós-graduação.

 
LEPEM é atualmente coordenado pelas professoras Annie Gisele Fernandes e Lilian Jacoto, ambas do Programa de Literatura Portuguesa da FFLCH-USP, e reúne os respectivos grupos de pesquisa: o POEM (Grupo de Estudos Poéticas e Estéticas da Modernidade) e o NELLPE (Núcleo de Estudos de Literaturas de Língua Portuguesa e Ética).

 


O LIA é uma instância interdepartamental vinculada ao Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas e ao Departamento de Letras Orientais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), que reúne professores e pesquisadores da área de Letras, da Linguística, das Artes em suas diversas modalidades, além de áreas afins, como a História, a Filosofia, a Sociologia e a Antropologia, entre outras, com colaboração de pesquisadores e professores de outras universidades brasileiras e internacionais e, ainda, pessoas de notório saber nos  campos de investigação propostos, em torno de pesquisas que envolvem, principalmente, os contatos entre Brasil, Portugal e Leste da Ásia.

Campos de Investigação

  • Histórias, Artes e Estudos de linguagens em contato com culturas orientais;
  • Orientalismos, sinologias, jesuitismo no oriente;
  • O oriente nos estudos literários e estudos (pós) coloniais;
  • Estudos da China e de Macau; da Índia e de Goa, e do Japão;
  • Relações luso-afro-asiáticas com o Brasil.

Objetivos Gerais:

  • Estudar os espaço que se formaram nas rotas do império português, em direção ao oriente;
  • Estudar culturas em contato, culturas em espaços multiculturais;
  • Sair do localismo em direção a uma perspectiva intercultural e interdisciplinar;
  • Pensar e renovar modelos de interação cultural.

Desafios:

​​​​​​​Olhar, a partir do Brasil, para a longa tradição que os portugueses formaram na escrita de narrativas de viagens e na confecção das mais diversas interpretações, ficções e percepções acerca do que se convencionou chamar de oriente, já que, desde o século XVI, com os Descobrimentos, imagens da China, da Índia, do Sudeste Asiático e do Japão se espalharam por toda a Europa, tornando o oriente um tópico comum nos discursos da cultura europeia e na América, constitui um grande desafio, já que ainda é pouco conhecida a circulação de conhecimentos que se formou nessa rede bem como os modos como as diversas interações ocorreram, entre consensos e dissensos. Espaços como Goa, Macau e Timor, entre outros, passaram  a ter relevância ímpar às interfaces culturais de uma geografia que não se dá em continuidade terrestre, mas sim como pontos importantes de rotas marítimas.  A partir desses pontos, redes interculturais continentais se formaram. Sair do eurocentrismo é um desafio imenso. Sair do asianismo e dos americanismos também. Tradicionalmente, os diálogos entre especialistas, incluindo os debates acadêmicos, formaram-se dentro de grupos com identidades culturais bem definidos. Hoje, com o crescimento do interesse de pesquisadores por culturas "outras", a interculturalidade deve ser re-examinada à luz de uma revisão de saberes mas também de constituição de uma prática ética dos saberes. O conhecimento de idiomas e de práticas culturais muitas vezes é uma barreira ao diálogo, por isso, a multidisciplinaridade tem sido priorizada no grupo de cerca de X pesquisadores que se reuniram em torno desse desafio.

Mais informações em http://www.lia.fflch.usp.br/