Data: 07 de maio a 11 de junho de 2014

Objetivo: Consolidar conhecimentos específicos sobre a presença portuguesa na Ásia.

Coordenação: Profª Drª Monica Muniz de Souza Simas, da FFLCH/USP.

Ministrante: Piero Ceccucci.

Promoção: Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da FFLCH/USP.

Programa de seis aulas para o Curso da LIA sobre o “Jesuitismo na China”.

1. “Imagens da China na Literatura Portuguesa dos séculos XVI e XVII”

Assunto: Nesta aula ir-se-á apresentar, através de um rápido excursus, como a imagem da China entrou já a partir da época clássica, na literatura portuguesa, focando a obra dos maiores escritores e poetas.

D. Manuel I, rei de Portugal, no ano de 1508, 10 anos depois a viagem de Vasco da Gama, recomendava a Diogo Lopes de Sequeira, que ia a partir para uma viagem a Malaca, no ao Índico Oriental, que indagasse como eram os chineses, pois na altura nada se sabia sobre este grande povo, além da narração muito fabulosa que tinha feito o Marco Polo.
O rei pedia ao almirante Diogo Lopes de Sequeira:”Perguntareis pelo Chineses, de que parte vêm, e de quanto longe, e de quanto em quanto vêm a Malaca (...) e as mercadorias que trazem, e quantas naus deles vêm cada ano (...) e se são mercadores ricos e se são homens fracos se guerreiros (...) e se são crisãos se gentios ou se grande terra é a sua (...) e se não são cristãos, em que crêem ou a que adoram, e que costumes guardam e para que parte se estende a sua terra, e com quem confina.
Em suma,ordenava que tudo fizesse para se industriar sobre os chineses. O Sequeira foi tão bem sucedido que, em 1509, encontrou em Malaca juncos de chineses. Com estes mercadores tornou-se tão amigo, que conseguiu obter informações úteis sobre a China e os chineses, como lhe tinha pedido o rei. Em 1511, o Afonso de Albuquerque enviava a Portugal um chinês para que o rei conhecesse a sua raça.
Assim começaram as relações entre Portugal e os chineses, em laços de amizade e cooperação que, embora ao longo dos séculos tivessem sofrido altos e baixos,não foram nunca quebrados. A verdade é que os mandarins chineses não podiam viver sem o comércio dos portugueses, e, por isso, embora surgissem de vez em quando incompreensões mesmo graves, jamais expulsaram para sempre os portugueses da suas águas. Permitiam-lhes o tráfego, baseados em ilhas práximas do litoral e o comércio, um tanto clandestino, mantinha-se. Numa dessas ilhas, futura Macau, os portugueses foram, lentamente, criando raízes com o consentimento das autoridades de Cantão, capital da província em que se encontra o enclave de Macau.
Será 1554 a data de instalação dos portugueses em Macau, embora só em 1557 a ilha e a povoação, entretanto formada, venham a ser consideradas como sede da expansão religiosa, por bula do Papa Paulo IV. Em 1586, o vice-rei D. Duarte de Meneses confere-lhe o título de «Cidade do Nome de Deus na China» e, mais tarde, passa a designar-se «Cidade do Santo Nome de Deus de Macau».
A partir de aí, a história de Macau passa a ser comum a Portugal e à China. Durante séculos ir-se-ão solidificando relações, direitos e obrigações e Macau ir-se-á definindo como uma mescla de portugueses, chineses e outros povos da região, espécie de encruzilhada de raças e culturas e, obviamente , de interesses económicos comuns.
Neste rápido excursus histórico serão inseridos os autores mais importantes de textos históricos e literários que nos falam de Macau e do Celeste Império, para melhor focar o contexto em que se encontram a desenvolver a própria ação missionária os Jesuitas.
Por isso iremos conhecer o Fernão Mendes Pinto (1510-1685) e excertos da sua Pereginação, Luís de Camões (1525 ?- 1580), Sonetos e excertos de Os Lusíadas, breve análise da Documentação para a História das Missões do Padroado do Oriente, Manuel Faria e Sousa (1590-1649), trechos da sua Ásia Portuguesa, António Bocarro (1594- 1642), trechos da Descrição da Cidade do Nome de Deus da China, António Francisco Cardim S.I. (1611-1659)0, trechos do Memorial, Charles Boxer (presentação de), Queda da Dinastia Ming, Bocage 1766-1805), Poemas de Macau.

2. “Imagens da China na Literatura Portuguesa moderna e contemporânea (séc. XVIII, XIX, XX)”.

Nesta aula ir-se-á continuar a apresentação, sempre através de um rápido excursus, como a imagem da China continuou desenvolver na literatura portuguesa moderna e contemporânea um papel importante. Neste sentido apresentar-se-á a obra dos maiores escritores e poetas.

Visconde de Santarém (1791-1855), excertos da Memória sobre o estabelicemento dos Portugueses em Macau, Almeida Garrett (1799-1854), “A gruta de Camões, Canto V do poema Camões, Carlos José Caldeira (1811-1882), Excertos de Apontamentos de uma viagem de Lisboa à China e da China a Lisboa, Manuel de Castro Sampaio (1827-1875), Excertos de Os chins de Macau, Eça de Queirós (1845-1900), trechos de O Mandarim, e de A emigração como força civilizadora, Venceslau de Moraes (1854-1929, Excertos de Traços de Extremo Oriente, Conde do Arnos (1855-1911), trecho de Em Macau, Camilo Pessanha (1867-1926), Alguns poemas, Ferreira de Castro (1898-1974), Excertos de A volta ao mundo, Francisco de Carvalho e Rêgo, “Os Macaenses” de Macau, Maria Anna Acciaiuoli Tamagnini (1900-1933), “Poemas” de Flor de Lotus, Luís Gonzaga Gomes !907-1976), Excertos de A casa ensombrada da Rua do Campo, Miguel Torga (1936-1995), Excertos de O Senhor Ventura, Joaquim Paço d’Arcos (1908-1979), Excertos das Memórias da minha vida e do meu tempo, Ernesto Leal (1913- 2005), Excertos de A velha e o barco, José dos Santos Ferreira (1919-1993), Excertos de Macau, jardim abençoado, António Manuel Couto Viana (1923- 2010), “Poemas” de Oriente do Oriente, Ana Maria Amaro (1929-), Excertos de O traje da mulher macaense, Alberto Estima de Oliveira (1934-2008), “Poemas” de O rosto, José Augusto Seabra (1937-2004 ), “Poemas” de Do Nome de Deus, Altino de Tojal (1939- ), Excertos de Histórias de Macau,
António Correia (1948 - ), Excertos de Contos de Ou-Mun,António Graça de Abreu (1947-),
“poemas” de China de Jade, Fernanda Dias 1945- ), “Poemas” de Rio de Erhu, João de Aguiar (1943-2010), Excertos de Os Comedores de Perolas, José Jorge Letria (1951- ), “Poemas” de Oriente da Magoa,

3. “A ação missionária dos Jesuitas na China”.

Nesta aula enfrentar-se-á o estudo da ação missionária dos Padres Jesuitas, desde a primeira entrada no Celeste Império, ilustrando a imagem da China e o projeto do Pe. Francisco Xavier, a progressão no terreno e interpenetração cultural. Medos e esperançãs.
Neste sentido, pretende-se traçar e caraterizar as etapas mais significativas deste período inicial e, simultaneamente, abordar as duas grandes questões que viriam a condicionar de forma decisiva, todo o futuro daquela missão: as questões do Padroado Português do Oriente e dos Ritos Chineses.
Como sabemos, a Companhia de Jesus constituíra-se formalmente em 1540 com a aprovação da Regra mediante a bula Regimini Militantis Ecclesiae, emanada pelo Pontífice Paulo III, a 27 de Setembro do mesmo ano.
Já no mês de Abril de 1541, a pedido do rei de Portugal, D. João III, os primeiros Jesuítas guiados pelo Padre Francisco Xavier embarcaram para as Índias, onde só chegaram em Maio do ano seguinte, devido a numerosas tempestades.
Os Jesuítas, enquanto neófitos de uma ordem há pouco formada, eram verdadeiramente animados por uma fé extraordinária e apaixonada, que se revelava e manifestava de imediato através de uma actividade incansável de proselitismo e de evangelização, defendendo e propagando o Catolicismo no mundo, mas mantendo as tradições culturais autóctones. No Oriente, Francisco Xavier obtinha resultados surpreendentes graças à prodigiosa intensidade e novidade metodológica da sua acção missionária.

4. “As inéditas modalidades de formas de inculturação ante litteram nas Cartas do Padre Matteo Ricci”.

Com a presente aula pretende-se ilustrar o sentido e o valor moral, filosófico e antropológico da inculturalidade – segundo a recente definição do Papa Bento XVI – exemplarmente posta em ato, ante litteram, pelo Pe. Matteo Ricci na sua ação missionária, pontualmente representada nas Cartas, que serão objeto de uma atenta leitura seccionada.
De facto, o Pe. Matteo Ricci (nascido na cidade de Macerata em 1552 e falecido em Pequim em 1610), num atento processo de inculturação, prudente e decisivo, fazia de tudo para entrar imediatamente em sintonia, por um lado com a metodologia evangelizadora dos inacianos, por outro lado com a mentalidade dos nativos, chegando até a abdicar dos seus trajes de estrangeiro, muito mal vistos pelos chineses, e edificando casas e igrejas de acordo com a estrutura arquitectónica e as cores do urbanismo chinês, abandonando o estilo europeu e fazendo com que a missão, como lugar real de residência, passasse o mais despercebida possível.
Ao mesmo tempo, porém, soube tirar proveito dos seus conhecimentos tecnológicos e científicos superiores, que despertavam vivo interesse junto das autoridades locais e centrais. Deste modo, entrou na simpatio do próprio Imperador, que o chamou a Pequim e o hospedou no Palácio Imperial.
Neste âmbito, iremos focar na questão da inculturação, apresentando os argumentos teológicos que envolveram cristãos e chineses, cristãos e hindus.

5. A China dos Seiscentos. Evangelização e dimensão moralizante na Ásia Extrema e nas Cartas Ánuas do Pe. António de Gouvea”.

Os escritos do Pe. António de Gouvea colocam-se como incomparável mina de informações sobre o projeto de evangelização jesuita na China da dinastia Ming, na altura em que ela irá ser suplantada violentemente pela dinastia tártara Qing. Mas as obras do Pe. António de Gouvea monstram, sobretudo, uma performance evangelizadora e uma dimensão moralizante extraordinãria no que diz respeito às trocas culturais, ao diálogo paritário entre culturas tão diferentes.

O Pe. António Gouvea, no Oriente desde 1624, depois um período de formação de oito anos em Macau, tinha ultrapassado as fronteiras do Império do Meio em 1636, em direcção da cidade de Xam Hai (Xangai), presumivelmente com 44 anos de idade : numa idade que se pode considerar quase avançada para aqueles tempos que, todavia, não limitava minimamente o entusiasmo e a dedicação à causa que desde a primeira hora, quase como neófito, o padre aplicou na sua incansável e quotidiana acção missionária.
Para além da inevitável contextualização histórico-cultural e das notícias pontuais sobre o estado da missão, é justamente o quotidiano, a quase insignificante incumbência diária que dos textos gouveanos surge com a força da excepcionalidade, para assumir significação no paradigma de uma vida generosamente dedicada à fé, exaltando o mistério da salvação. Os duros sacrifícios, a penúria dos recursos, o acorrer com cristã e pessoal (com)paixão, onde a dor se manifesta, com aguda e última violência, vanificando a ajuda fraterna por ele trazida; numa palavra, a realização de um dever duro, eleito e exaltado como modalidade de vida, posto em prática diariamente, incansavelmente, muitas vezes até ao limite das forças físicas e interiores, transferidos e sublimados numa dimensão moral e ética, adquirem na textualidade posta em cena, o carácter de excepcionalidade, de epopeia, provocando espanto e maravilha.

6. “Um exemplo fúlgido de inculturação evangelizadora no séc. XVIII: Pe. Joachim Bouvet e a análise cristã dos mitos chineses”.

Com a presente e última aula pretende-se ilustrar como a ação missionária jesuita no Oriente, alem de constituir uma extraordinária ponte cultural entre as diversas e aparentemente incomunicáveis civilizações, a Ocidental e a Oriental, procurasse, para favorecer a evangelização, criar modalidades sincréticas dos diversos pensamentos religiosos.
Exemplar, neste sentido, é também a ação cultural do jesuita francês, o Pe. Joachim Bouvet, que utiliza os comentários mitícos chineses, ilustrando os textos deles segundo a fé cristã.
De facto, o Pe. Joachim Bouvet compreendeu que para entrar no imaginário e na cultura compósita daquele imenso País e, ao mesmo tempo, utilizar a sua superioridade tecnológica e científica, representava para ele a condição imprescindível para abrir uma brecha na postura dos Chineses, orgulhosamente conscientes do valor da própria civilização, com vista a um projecto missionário duradouro e profícuo.
Assim, em 1685 partiu de França para a China, com os primeiros jesuitas franceses, enviados por Luís XIV, a pedido explícito do famoso imperador chinês Khang Hi. O grupo, composto por seis missionários, quatro dos quais – entre eles Padre Joachim Bouvet (1656-1730) – eram grandes matemáticos e astrónomos, chegou a Pequim em 1688, após uma longa permanência em Sião.
Bouvet obteve imediatamente os favores do soberano, tornando-se o seu instrutor de matemática. Ao regressar a França em 1697 para solicitar o envio de mais missionários, trouxe a Luís XIV alguns breves tratados sobre a história da China e sobre as instituições políticas e sócio-económicas, pelas quais o rei mostrava enorme interesse. Voltou à China em 1699, onde permaneceu até à sua morte, em Pequim, em 1730.

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